I came to Mozambique to make a movie about the country’s relatively small refugee population. Many of these people, especially those living in Maputo, have been in Mozambique for a long time. Their existence in the city is often related to Maputo’s close proximity to the South African border. Abubakar, the main speaker in this video, is finishing his doctorate in Francophone African literature and teaches in both Mozambique and South Africa. He arrived in Mozambique as a Burundian refugee in 1998. He is, as the refugee agencies would agree, a ‘success’ story. Many of the young refugees in Maputo are. They are students, sons and daughters of successful small business owners or like Abubakar, people who have made it on their own.

Within these more or less atypical refugee stories, the question for me arises: in what ways do these people, successful in their Mozambican lives, many of whom can hardly remember their lives before Mozambique, or who have at least come to terms with staying in Mozambique for a long time, still consider their identity as refugees? It is clear that the identity persists. In Bobole, where this film takes place, Burundi, Rwandan, and Congolese youth all associate with each other but remain largely separate from their Mozambican counterparts, despite growing up in the same square mile. Abubakar stated that only his closest Mozambican friends knew he was a refugee and what that meant.

The footage of Abubakar’s visit to his old home in a refugee camp is meant to strike a chord for the project as a whole. When we leave our home, what does that place, that idea become? Refugees’ relationships to their homes represent perhaps one extreme. But for all of us, what significance does the concept of home still hold? For many refugees I have spoken to, the idea of home is scattered. Often it is an unattainable ideal while other times it is a place of glorious history. Many venerate it as the greatest place on earth though they hope to make a new home elsewhere, be it America, Europe, or Australia. As an outsider, I see their homes moving beyond borders of nationality, becoming global networks of people rather than geographical locations. Beyond just people, home becomes shared or unshared ideas, memories and sentiments that crop up unexpectedly from time to time, which is not so different from my own relationship to home, at the end of the day.

Cheguei em Moçambique para fazer um documentário sobre a relativamente pequeno população dos refugiados que vivem aqui. A maioria, principalmente aqueles que são em Maputo, já moraram aqui há muito tempo. As suas vidas na cidade tem muito a ver coma proximidade de fronteira de Africa do Sul. Abubakar, a personagem principal neste video, está a terminar o seu doutorado nos estudos de literatura franco africano. Ele ensina em Moçambique e Africa do Sul. Chegou em Moçambique como refugiado Burundesa no ano 19998. É, como as agéncias refugiadas concordariam, uma história do sucesso. Muitos dos jovens refugiados são. São estudantes, filhos de pequeno empresários ou como Abubakar, pessoas que consegiu sucesso sozinho.


Dentro dessas historias mais ou menos atípicas, uma pergunta me apresenta: quais são as maneiras em que estes pessoas, que já fizeram sucessos nas suas vidas Moçambicanas, muitos nem lembrando as suas vidas antes de Moçambique, ou pelo penos entendam que vão ficar no país mais muito tempo, quais são os momentos em que essas pessoas ainda se consideram as suas identidades como refugiados? É claro que a identidade ainda existe. Em Bobole, onde gravamos este video, refugiados jovens do Burundi, Ruanda, Congo se associam juntos mais afastam se dos seus vizinhos Moçambicanos. Abubakar já falou que só os amigos Moçambicanos mais próximo dele sabia que era refugiado, e o que significa este.

A filmagem de Abubakar em Bobole deve tocar num assunto deste projecto inteiro. Quando nos deixamos a nossa casa, o que acontece para aquela lugar? Aquela ideia? Pode ser que o relacionamento dos refugiados com as suas casas represente o lado mais grave. Mais para todos nós, o que significa ainda existe? Muitas refugiados com quem já falei tiveram ideias diferentes sobre a casa. Algumas falam que é a melhor lugar no mundo, que nunca vão ver de novo. Muitas otras gostam de pensar em casa mais quer fazer outra casa numa nova lugar como America, Europa, ou Australia. Como estrangeiro e estranho, tenho visto das suas casas atravessando fronteiras de nacionalidade, virando se redes globais de pessoas em vez de locales geográficas. Além de pessoas, a casa torna a ser as ideias compartilhadas e não compartilhadas, as memórias e sentimentos que chegam quando não se esperam. A essa ideia não é tão diferente do que meu relacionamento com a minha casa, no fim do dia.